A Escola, a Família e o Zangado!

Olá papás!

Gostaríamos de abordar um tema que é frequente acontecer na creche e no jardim de infância e que é importante que todos possamos compreender, para desta forma ajudarmos as crianças a lidarem melhor com esses comportamentos.


Porque é que a criança bate?
Em primeiro, precisamos compreender as características do seu nível de desenvolvimento. Entre 1 e os 3 anos de idade, as crianças não são fluentes na linguagem falada, assim não conseguem expressar verbalmente emoções como insatisfação e frustração e por vezes, expressam essas emoções através do bater. É importante compreender que isso é um processo de aprendizagem e que é um comportamento normal nestas idades.


Segundo T. Berry Brazelton (pediatra norte-americano), no livro “O Grande Livro da Criança” este aborda o desenvolvimento emocional e comportamental da criança dos 0 aos 3 anos e refere que neste período a criança tem alterações bruscas de humor, podendo irrita-se facilmente e perder o controlo. Este mostra-nos que morder, bater e arranhar entre outros comportamentos desagradáveis fazem parte do processo normal de desenvolvimento da criança.


Em casa como na escola, não é fácil lidar com situações em que a criança tem um comportamento agressivo (arranhar, morder, etc). Devemos sempre ter presente que numa fase do desenvolvimento precoce, antes de adquirir a linguagem verbal, a criança não possui competência para expressar os seus sentimentos ou verbalizar o que quer dizer, desta forma utiliza a linguagem corporal para o fazer, que se traduz em dentadas, puxões e arranhões. Numa fase posterior pode também estar relacionado com a expressão verbal, o expressar sentimentos ou frustrações inerentes a todas as fases do desenvolvimento.


O que podemos/devemos fazer?
Depois da criança apresentar um comportamento mais agressivo devemos de uma forma firme e compreensiva dizer NÃO. Tentar traduzir esta manifestação, procurando perceber porque o fez. “Será que querias este brinquedo?” “Mas não se morde.” “Eu sei que ficaste zangado, mas não se arranha.” E desta forma dar uma alternativa ao conflito. “E se brincasses com outro?” “Pode ser que o teu amigo te empreste”. É claro que a criança não deixa naturalmente de morder ou arranhar. Também não começa a exprimir as suas emoções, nem tão pouco a brincar sem conflitos. Mas é fundamental que o adulto compreenda que a agressividade existe na infância e que é uma forma de manifestação das emoções, como existem muitas outras, não podemos negar a zanga, frustração, medo, tristeza, assim como não negamos felicidade, compreensão e aceitação.


O importante é:
Evitar comentários como, “Tu és mau”; “Não brinques mais com ele.” Por não ser pedagogicamente correto, não acrescentar nada, e ainda, por dar uma intencionalidade e negativismo que na maioria das vezes não é representativo do sentimento da criança.


Equipa Técnica e Pedagógica das Respostas da Infância

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